sexta-feira, 20 de maio de 2011

Primeiro dia de paralisação dos professores da rede pública estadual é marcado por assembléia.


Aproximadamente 700 educadores participaram do encontro ocorrido na tarde de ontem, 18, no Teatro Célia Belizária.

   O primeiro dia da greve dos professores da rede pública estadual de ensino do Vale do Araranguá foi arcado pela mobilização em torno da assembleia regional organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte-SC), região de Araranguá. Aproximadamente 700 professores estivaram presentes no encontro, realizado durante a tarde de ontem, 18, no Teatro Célia Belizária. Em todo o Estado, profi ssionais da área também estiveram mobilizados nos encontros regionais.
   O coordenador do Sinte no Vale, Luiz Fernando Martins, avaliou como positiva a assembleia regional, onde foi escolhido o comando de greve. “Este comando é formado pela direção do Sinte e professors da região. Nesta quinta-feira (hoje), à tarde, estaremos nos reunindo para elaborar o cronograma de visitas às escolas onde há professores que não aderiram ao movimento grevista”, declara o sindicalista ao acrescentar que no vale, cerca de 80% do corpo docente participa da paralisação.
Em alguns municípios, a greve chega a 100%. Após o encontro no teatro, os professores fi zeram uma passeata até a Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) para entregar um ofício ao secretário Heriberto Schimidt na tentativa de sensibilizar o governo estadual em aplicar imediatamente o Piso do Magistério, aprovado em lei. Na ausência do secretário e da recém-nomeada gerente de Educação, Celina Hobolt, os professores forma recebidos pelo gerente anterior,  Joares Biff. Os educadores ainda alegaram aos representantes do governo, sobre o assédio moral que professores, principalmente os de contrato temporário, os chamados ACT’s, estariam sofrendo. “Chegou ao nosso conhecimento ligações telefônicas de pessoas que não se identificavam e ameaçavam os professores que participariam da greve. Alguns dizendo que os ACT’s não retornariam para sala de aula no próximo ano” revela Martins. Em um comunicado repassado à imprensa, a gerência de Educação negou que estivesse impondo aos profissionais efetivos e ACTs da rede pública estadual de ensino do Vale, a adesão ou não ao movimento de paralisação. “Cada servidor é livre para tomar sua posição”, encerrava o comunicado. A orientação repassada aos professores e à comunidade escolar é de que a paralisação continua por tempo indeterminado. Uma audiência entre governo e sindicato está marcada para a próxima segunda-feira e poderá definir pelo fim ou não da greve.
 
Fonte: Jornal SemSensura
Foto:
Elvis Campagnollo

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