terça-feira, 12 de julho de 2011

Pedindo Justiça

“Tenho 19 anos e me chamo Jéssica, se notarem a matemática, logo perceberão que não tenho anos de prática na política, mas as poucas vezes em que fui às urnas já me dão o direito de reivindicar as injustiças que eu vejo. Não direi que não gosto do Senhor Raimundo Colombo, pois acredito que julgar alguém, principalmente alguém público, pode ser um erro. Quero dizer, ele deve ter família, talvez uma esposa e filhos, ou talvez pai e mãe com alguns irmãos e irmãs, ou simplesmente alguém por quem sente um amor incondicional e um orgulho no qual se espelha. Pois é, não sou casada nem tão pouco tenho filhos, mas tenho irmãos, um pai e uma mãe. Mãe esta, que tem sido professora nos últimos 15 anos, e sabe o mais interessante? Eu fui sua aluna. E posso dizer que sinto orgulho dessa mulher que ensina em casa como mãe e em sala de aula como professora. Minha mãe é uma grande profissional, vejo seus alunos em todos os lugares mandando abraços e, nos últimos 50 e poucos dias, dizendo que estão com saudades. Já a vi por várias vezes trocando dias por noites, estressada com finais de bimestres, preocupada com o aprendizado daquele aluno em recuperação e por trazer trabalho pra casa. Mas ela faz tudo isso feliz e sem nunca deixar de ser uma boa mãe. Nos últimos dias, a tenho visto mais preocupada que feliz, virando noites por esperar um bom resultado de uma grave que, aos meus olhos, nem deveria existir. Não por ser contra ou a achar injusta, pelo contrário, por acreditar que a profissão de Professor deveria ser a mais renomada e reconhecida do Brasil, país onde sequer existem muitas crianças com o sonho futuro de se tornarem professores devido a toda essa ladainha que presenciam. Eu admito que cresci como estas crianças e cultivei outro sonho e hoje sou acadêmica de Engenharia. E mesmo assim, posso garantir que só cheguei até aqui graças ao apoio, não só da minha mãe-professora, mas de todos aqueles que me ensinaram a ser uma boa cidadã lá dentro das salas de aula em que estive. Não escrevo pedindo por aumento. Escrevo pedindo por justiça e reconhecimento àqueles que o tornaram então, Governador do Estado de Santa Catarina. ”


Fonte: Moacir Pereira

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